Eunice de Morais (Uniandrade)
Abstract: This essay intends to present questions about the narrative construction of the O português que nos pariu (Relume Dumará, 2000) books, by Ângela Dutra de Meneses, catalogged like a historical narrative.
Key-words: identity; history; narrator.
A associação da origem da identidade cultural brasileira à identidade portuguesa é fato indiscutível. Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda nos diz que o transporte das culturas européias ao novo mundo deu-se de forma tão eficiente que nem a mistura de raças (indígenas, africanas, etc.) foi capaz de marcar diferenças profundas entre nós e a nação lusa. Há, segundo o autor, uma tradição longa e viva que ainda nos associa a Península Ibérica e “podemos dizer que de lá nos veio a forma atual de nossa cultura; o resto foi matéria que se sujeitou mal o bem a essa forma”[1].
É esta a mesma tese de Ângela Dutra de Meneses em O português que nos pariu, publicado pela editora Relume Dumará, no ano em que o descobrimento do Brasil completou 500 anos. Via história de Portugal, pretende-se explicar aspectos culturais da nação brasileira. Assim, são apresentadas como herança lusa o “jeitinho brasileiro”, o gosto pela degola, o messianismo (espera por milagres) e a valorização do ócio.
Quanto ao “jeitinho”, a autora/narradora explica ter surgido através da luta pela sobrevivência dos judeus perseguidos pela inquisição, os quais “driblavam” os inquisidores tendo uma crença e aparentando outra. Segundo Ângela Dutra, os sefarditas são nossos mestres desconhecidos, pois “marcaram indelevelmente o caráter luso-brasileiro”[2]. Enquanto que Sérgio Buarque parece explicar o “jeitinho brasileiro” pelo espírito de aventura vindo dos portugueses, estimulado pela “ânsia da prosperidade sem custos, de títulos honoríficos, de posições e riquezas fáceis, tão notoriamente característica da gente de nossa terra [...]” [3] . Esta é também a explicação do autor para a valorização do ócio pelos portugueses que foi herdada pelos brasileiros e que, de outro modo, a autora/narradora de O português que nos pariu relaciona com ensinamentos vindos da inquisição, dizendo:
A inquirição, que ensinou-nos o desmérito do trabalho, também inculcou-nos o vício de olharmos de esguela as atividades manuais, carentes do bom diploma: simples serviços rasteiros desonram o trabalhador. Se é preciso trabalhar, o digno é ser doutor. Ao menos garante servos saracoteando em volta. (p. 60).
Sérgio Buarque nos fala ainda do “homem cortes” brasileiro que contrasta com o caráter violento apresentado pela autora quando aponta para o gosto pela degola herdado dos lusos via influência sefardita, durante o período da Reconquista.
Durante o período da Reconquista – retomada do território português que permanecia em mãos infiéis – os mouros também acreditavam travar a jihad, ou Guerra Santa. Portanto, não conversaram. Respeitaram sua crença e enfiaram as cimitarras em gargantas lusas na maior sem-cerimônia. Os cristãos acharam prático e aprenderam a lição. O português que nos pariu tornou-se mestre no assunto. Mais tarde, ensinou-nos a técnica. Nós, brasileiros, não decepcionamos: em dois tempos, tornamo-nos craques. Nas Guerras de Independência, no Contestado e durante a Revolução Federalista (Rio Grande do Sul, final do século XIX), o que cortaram de garganta foi uma enormidade. (p.32).
Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque diz que o Brasil dará ao mundo o “homem cordial”, no sentido de que o brasileiro herdou de seus ancestrais os “padrões do convívio humano, informados no meio rural e patriarcal”. [4] (p. 147). Ainda o mesmo autor dirá que:
detestamos notoriamente as soluções violentas. Desejamos ser o povo mais brando e o mais comportado do mundo. (...). Modelamos a norma de nossa conduta entre os países mais cultos, e então nos envaidecemos da ótima companhia.[5]
Quanto ao messianismo, que Ângela vai buscar no Sebastianismo, ele é mais uma explicação para a crença ou a esperança de milagres pelo povo para alcançar seus desejos. Segundo ela, o sebastianismo repartiu-se em “movimentos milagreiros que acreditavam que o rei voltaria e devolveria a cidadania aos humilhados portugueses”. Em seguida a esta definição a autora/narradora faz uma relação de “movimentos heréticos que pregavam o fim dos tempos” (p.42), esta relação, no entanto, cita apenas movimentos brasileiros (se assim podemos chamá-los), São eles:
“Canudos, contestado, Cruzeiro novo, Cruzeiro Velho, Cruzado, Cruzado Novo, Mega-sena, Loto, Quina – gente o papel principal da novela das oito. De qualquer jeito um milagre. Sempre a expectativa de um milagre.” (p.42).
Já o autor de Raízes do Brasil explica a evasão à realidade pelo “amor pronunciado pelas formas fixas e pelas leis genéricas, que circunscrevem a realidade complexa e difícil dentro do âmbito de nossos desejos”. Por isso, o brasileiro foge a tudo que represente um trabalho mental aturado e fatigante, ele prefere “as idéias claras, lúcidas, definitivas, que favorecem uma espécie de atonia da inteligência”. Há, segundo o autor, uma confiança no poder milagroso das idéias que parece revelar o secreto horror dos brasileiros à realidade. Assim os elementos selecionados pela autora/narradora de O português que nos pariu podem ter uma relação de significado com o messianismo do Sebastianismo, ou seja, eles têm o mesmo caráter milagreiro expresso pelo sebastianismo, mas não advêm exclusivamente deste movimento. Parece-nos que este não é um caráter da cultura brasileira, mas uma resposta às condições sociais e até históricas impostas a uma nação. Os portugueses, sim, viveram o sebastianismo e podem usá-lo como explicação a vários aspectos de seu caráter nacional, mas como os brasileiros do século XIX e XX, localizando temporalmente os elementos relacionados pela autora/narradora, guardaram esta herança lusa para praticá-la três ou quatro séculos depois? Há aí uma falha na transposição do caráter herdado. Ângela Dutra não esclarece a transposição histórica do caráter luso para o caráter brasileiro, o que nos faz desconfiar da narrativa, no sentido de que falta à narrativa aspectos factuais da história do Brasil, para comprovar a aquisição e a permanência desta esperança do milagre no ser brasileiro.
Desta forma, recheado de teses historiográficas e não historiográficas, em O português que nos pariu, há uma distinção clara entre história oficial e história oficiosa, referindo-se, às vezes, às lendas e à história popular, numa tentativa de constituir-se em uma história das mentalidades. Esta forma de narrativa histórica, segundo Jacques le Goff, é uma das divisões da História das representações, que teve origem no questionamento da noção de fato histórico, provocando “o reconhecimento de ‘realidades’ históricas” [6]. O livro é, além disso, uma construção da história dos vencidos, que não deixa de ser instituída, tanto quanto a história dos vencedores. É bastante claro o posicionamento da autora/narradora sobre a história dos vencedores. Vejamos alguns trechos:
a) A história é escrita pelos vencedores. E nem islâmicos, nem judeus sefarditas, tiveram um final feliz na Península Ibérica. (p. 38).
b) Debatemo-nos entre as versões oficial e oficiosa. Nosso caráter é complexo, repleto de incertezas – estreamos assim. (p.68).
c) A história verdadeira dá de dez na oficial. Nossas cores têm passado. Nasceram em 1401, ano em que Brites Pereira aceitou para consorte dom Afonso de Aviz, primeiro dique de Bragança. (p.89).
O questionamento da história oficial é já bastante claro e vemos que ele se estende ao conceito de documento, quando a autora/narradora trata do registro da palavra caravela que, segundo ela, pode ser encontrado em documento de 1225, firmado em Vila Nova de Gaia. A autora/narradora conclui: “Sem dúvida, a vocação marítima lusitana é mais antiga do que conta a história oficial”. (p.63). Este questionamento é, na verdade, o caráter mais interessante da obra, pois justifica toda a sua construção narrativa, toda a sua estrutura. Desde o início do livro as críticas à história estão presentes, ainda que de forma menos direta, apontando já para a idéia de uma história dos vencidos, marcada pelo traço oficioso, que se confunde com a história dos vencedores (marcada pelo traço oficial). Assim, Ângela D. Meneses que em tantos momentos exalta a nação portuguesa com o intuito de transferir esta exaltação aos brasileiros, seus leitores, diz o seguinte:
e principalmente pelo questionamento à história oficial, que aqui parece se distinguir da oficiosa pela referência aos documentos, havemos de considerar o caráter ensaístico da obra. A discussão que o livro propõe vai além da questão da formação cultural da nação brasileira e alcança questões conceituais e estruturais sobre a construção [...] Os portugueses inventaram o mulato enquanto arquitetavam a ideologia da segregação. Tudo ao mesmo tempo, servido em bandeja de prata e temperado pelo axioma do amor cristão. Discurso lindo, realidade nem tanto. Mas a gente continua discursando e fingindo que acredita. Sobrevivemos assim há milênios – os fatos importam pouco, o importante é o que se diz. (p.17, grifos meus).
A história oficial é “o que se diz”, na afirmação de Ângela Meneses e não pode simplesmente ser ignorada. Por isso, há no livro recorrências tanto a fatos não documentados quanto à história popular e à história oficial. Há no texto expressões como: “não existem documentos claros sobre este período...”; ou “dizem, não há provas documentais que...”; ou “desconfia-se que”; “pode ser que...”; entre outras que marcam a importância dos registros históricos como quando diz que a “história não esclarece a dúvida, mas registra a chegada de novo exército cristão, reforçado pelos cavaleiros templários, guerreiros respeitados.” (p.35). O que demonstra que a história oficial é, muitas vezes preenchida pela oficiosa e em alguns momentos a autora/narradora dá preferência à história oficiosa, por considerá-la mais plausível ou mais objetiva, como em:
Tudo indica que já nascemos embromando. Quando despachou Cabral para Calecute, Portugal pretendia, simplesmente, sacralizar a posse de terras que Duarte Pacheco visitara, talvez em 1497. Naturalmente, há a versão oficial: tempestade, pane nos instrumentos de navegação, perda da rota, tosse, gripes e resfriados. De repente... oh, eis que surgem, ao horizonte, as palmeiras onde cantam os sabiás. As sabiás, Gonçalves Dias ignorava que sabiá macho não canta. (p. 68).
Diante deste entrecruzamento da história oficial com a oficiosa o da narrativa da história. Neste sentido, observamos que o questionamento que a autora/narradora faz sobre a verdade exposta pela história oficial e a utilização desta mesma história para dar credibilidade ao não oficial é um processo de construção narrativa próximo ao utilizado pela ficção histórica.
Passamos, agora, a uma avaliação da função do narrador em O português que nos pariu, que aponta para outras considerações a respeito da obra.
Não há dúvidas de que o narrador desta obra se identifica com a autora, o que poderia nos levar a concluir de imediato que este é um narrador historiador. Porém, há também alguns elementos narrativos que nos levam a questionar esta conclusão imediata. Por exemplo, o relacionamento deste narrador com o leitor (ou leitores) explícito na narrativa e as referências aos historiadores, que assinalam que o narrador não é historiador, mas assume a sua função durante a narrativa.
A presença do leitor é marcada pela referência a uma segunda pessoa, que é tratada o tempo todo pelos pronomes “você”, nós ou a gente e pelo uso de verbos no imperativo em trechos como:
Coloque uma vasilha dentro d’água. A massa só alcançará o ponto exato se os ingredientes forem misturados em recipiente mergulhado na água salgada. Senão, a receita desanda. (p. 13).
Esta “Receita de português”, que didaticamente ensina ao leitor a formação da nação portuguesa, é uma síntese histórica amplamente comentada pela autora/narradora. Seu caráter humorístico revela, talvez, uma intenção de tornar a narrativa mais distante das formalidades do texto histórico, principalmente mais distante das obras didática de uso escolar. E, ainda, confirma o perfil do público leitor a que se destina a obra, que foi antecipado pelo título O português que nos pariu, o qual revela a informalidade e o tom de brincadeira e ironia presentes na narrativa.
O diálogo que a Autora/narradora mantém com o leitor nos lembra, ainda que de longe, a relação narrador/leitor em Machado de Assis. Ela inicia a narração que culminará na briga entre os filhos de dom João VI: um liberal e outro conservador, mas não a desenvolve, dizendo aos leitores que “quem quiser saber do acontecido, descubra sozinho. Ou espere a nova edição deste livro.” (p.145). Este leitor, é um personagem que acompanha e, de certo modo, direciona a narrativa pela sua localização temporal. É o leitor adolescente do ano 2000, com toda a sua bagagem lingüística e toda a sua informação cotidiana. Ele é, certamente, uma variável dentro da narrativa de O português que nos pariu, justamente por esta localização temporal, marcada em trechos como:
Hoje, se pegarmos um avião da Espanha para Calcutá e aterrissarmos no caribe, só há duas possibilidades: ou o piloto bebeu, ou seqüestraram o avião. Claro, você também pode estar no avião errado. Chance remotíssima, os embarques são controlados eletronicamente”. (p. 61).
Ou ainda em: “Em 2001, 21 de abril foi numa quinta-feira. Em 2004 e 2005 este feriado cairá numa segunda e numa terça-feira – oba!”. (p. 135). Esta informação é seguida por outra que anuncia a morte do Marques de Pombal, no dia 8 de maio de 1782.
Esta construção sobre o tempo passado, atravessado pelo tempo presente, marca a variação temporal da narrativa, que parece nos querer mostrar que o tempo do calendário, o tempo fenomenológico, segue a sua seqüência e está reinscrito na narrativa, assinalando o seu aspecto cronológico, porém esta cronologia é entrecortada por divagações e comentários sobre o presente do leitor que quebram esta cronologia histórica, sem destituí-la. Deste modo, considerando a definição de P. Ricouer[7] sobre a narrativa histórica que é a “reinscrição do tempo fenomenológico sobre o tempo cósmico” [8], podemos dizer que O português que nos pariu é uma narrativa histórica. No entanto, não podemos ignorar a presença deste leitor, como uma refiguração, para usar a terminologia de Ricouer, variável e portanto, ficcional na narrativa.
Podemos observar, ainda, que há variações discursivas que caracterizam a aproximação ou o distanciamento da autora/narradora em relação ao leitor. Vejamos:
a) Foi ordem de El Rey, o venturoso dom Manuel: “Misturem nosso sangue”. Grande dom Manuel, sabia direitinho que se Portugal evitasse os diferentes, acabaria engolido por eles. (p. 18).
b) Uma ordem de dom Manuel, orientando os colonizadores a “misturar seu sangue ao sangue de todos os povos”, revive a ideologia templária de confraternização dos povos. [...] Dom Manuel não era tolo. Sabia que, sem se misturar um país de 3 milhões de pessoas jamais controlaria a vastidão de terras recém-descobertas. (p. 75-76).
Apesar de Sérgio Buarque de Holanda afirmar que a miscigenação não era novidade para os portugueses, que já se misturavam aos povos africanos, a autora parece louvar a atitude de dom Manuel, como uma saída para nunca morrer. Nas citações acima, podemos ver que a autora/narradora apresenta a mesma idéia sob duas formas discursivas. Na primeira, o discurso direto, apresentando a fala de dom Manuel, traz o personagem histórico à presença do leitor, o que lhe permite comentários em uma linguagem informal que o aproxima também do leitor. Na segunda, o discurso indireto, que cita, provavelmente, a narrativa de um historiador que não nos é apresentado, já que a obra não apresenta relação bibliográfica da pesquisa. Esta citação formal é própria da narrativa da história, que marca o distanciamento do leitor.
Assim, O português que nos pariu apresenta um jogo narrativo em que cabem formalidade e informalidade, história oficial e oficiosa, aproximação e distanciamento do leitor. No entanto, o jogo que provoca o leitor experiente é o jogo em que se transpõe a cultura portuguesa para a brasileira, ainda que de forma um tanto precária como já pudemos observar, a história dos brasileiros para a sua própria história, em que refigura seu bisavô português. Deste modo a história dos brasileiros é também a sua história biográfica. A narrativa, no último capítulo do livro de Ângela D. de Meneses, passa para a primeira pessoa e a autora/narradora é também personagem desta história.
Neste capítulo intitulado “Nossos bisavós portugueses”, a autora/narradora que desde o início fez referências aos “historiadores” para apresentar versões sobre o narrado, lembrando ao leitor que este narrador não é historiador, mas uma jornalista carioca, esta autora/narradora apenas exerce a função de historiadora e, como nos diz Ricouer, paga sua dívida para com os mortos. Ela se apresenta como descendente do português João Jorge Gaio Junior, que chegou ao Brasil em 1882, fugindo de uma crise econômica que ocasionou uma imensa imigração lusa. É a este português que o livro é dedicado pela autora antes mesmo de tornar-se narradora. A jornalista encontra no bisavô a motivação, que parece ser maior que a comemoração do descobrimento do Brasil, para buscar os detalhes da história:
Seu Gaio era pai de minha avó materna, detalhe que, em nossa cultura matrilinear, explica sua forte presença em minha vida e o fato de eu tentar, escrevendo, refazer-lhe os caminhos – quem sabe não tropeço em alguma coisa e posso re/encontrá-lo? (p.147).
Seu Gaio é a homenagem explícita da obra, enquanto que a homenagem ao descobrimento ficou por conta dos resenhistas de jornais e revistas, na ocasião de seu lançamento, como um recurso de marketing. Ao refazer o caminho inverso ao do descobrimento, Ângela D. de Meneses quer levar o leitor à história de Portugal, fazendo-o encontrar-se com uma história da cultura brasileira, na qual pode ser inserida a história de cada brasileiro e ela insere a sua própria. Há, assim, uma transposição da história canônica para a história de seu Gaio, um nome entre tantos imigrados de Portugal.
É através deste personagem, um anônimo da história, que a autora/narradora se permite relatar suas próprias experiências, assumindo, definitivamente, sua função de personagem, de testemunha da história: “Eu mesma, ao vivo e em cores, passei pela experiência de aceitar o convite para tomar um café no aeroporto de Lisboa.(...)” (p.151). Este é o ponto máximo da aproximação da autora/narradora com o leitor. Ela utiliza a própria história para convencer o leitor de que tudo o que foi dito anteriormente é verdade. A pretensão à verdade é uma característica do historiador e do jornalista; da história, da informação e da notícia e o texto de Ângela Dutra de Meneses é um misto destas três modalidades, por seu caráter ensaístico, com a instância ficcional, por seu discurso variável, pela presença explícita do leitor e pela auto-referência da autora/narradora como personagem da história.
Esta mistura formal e discursiva apresentada em O português que nos pariu, leva a um questionamento sobre a catalogação do livro enquanto obra histórica, mas isto não quer dizer que esta possa ser destituída de imediato, pois não oferecemos aqui nenhuma catalogação mais adequada.
* * * * *
Resumo: Este trabalho é um questionamento sobre a construção narrativa da obra O português que nos pariu (Relume Dumará, 2000) de Ângela Dutra de Meneses, catalogada como narrativa histórica.
Palavras-chave: Identidade; história; narrador.
Referências Bibliográficas
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MENESES, Ângela Dutra. O português que nos pariu. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000
LE GOFF, Jacques. História e memória.. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990.
RICOUER, Paul. Tempo e narrativa. Campinas, SP: Papirus, 1994-6. (Tomo III).
[1] HOLANDA, Ségio B. de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 40.
[2] MENESES, Ângela Dutra. O português que nos pariu. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000. p.42. As citações desta obra serão seguidas apenas do número da página de onde foram colhidas.
[3] HOLANDA, p.46.
[4] HOLANDA, p.147.
[5] Idem, p. 177.
[6] LE GOFF, J. História e memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990. p. 11.
[7] RICOUER, P. Tempo e Narrativa. (Tomo III). Trad. Roberto L. Ferreira. São Paulo: Papirus, 1977. p. 218.