ORGULHO E PRECONCEITO E ZUMBIS: O DIÁLOGO DO HIPERTEXTO COM O CÂNONE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O SUJEITO PÓS-MODERNO

Maurício Ferreira Santana
Mestrando em Teoria Literária - UNIANDRADE

APRESENTAÇÃO

            “Alguns acadêmicos acreditam que os zumbis foram acréscimos de última hora ao romance, solicitados pelo editor em uma desavergonhada tentativa de aumentar as vendas.  Outros argumentam que as hordas de mortos-vivos são integrantes da trama e da crítica social de Jane Austen.  Qual a sua opinião?  Você consegue imaginar o que esse romance poderia ser sem a ultraviolenta confusão dos zumbis?”
(GRAHAME-SMITH, 2009, p. 318)


            Este artigo resume algumas das abordagens que serão desenvolvidas para a dissertação de mestrado do autor.  O objeto de estudo é a obra hipertextual de Seth Grahame-Smith Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride and Prejudice and Zombies), de 2009 e seu diálogo com o texto canônico de Jane Austen Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice), de 1813.  Neste diálogo serão abordados aspectos da literatura moderna e pós-moderna, bem como hipertextualidades (paródia, pastiche) e intermidialidade.  Num sentido mais amplo, procurar-se-á identificar este tipo de produção literária pós-moderna com o sujeito pós-moderno e suas identidades fragmentadas.  No texto paródico, questiona-se a mudança no papel da mulher, representada nos textos pela heroína / super-heroína Elizabeth Bennet.

1  INTRODUÇÃO
           
A pós-modernidade apresenta várias características que definem a literatura contemporânea, diferenciando-a dos discursos e das narrativas da modernidade.  Dentre essas características, as mais evidentes são a intertextualidade, as apropriações das manifestações culturais contemporâneas, como a cultura pop e o olhar – às vezes crítico; às vezes irônico ou cômico – da literatura pós-moderna para o passado.  Estas características podem ser identificadas, por exemplo, na narrativa paródica.
            A intertextualidade, definida por Gerard Genette (2006, p. 7-12) como transtextualidade, em sentido mais amplo, oferece dois desdobramentos, que são úteis no entendimento da relação entre o texto canônico e o texto pós-moderno.  São eles o hipotexto, o qual designa o texto original ou canônico, e o hipertexto, derivado do texto preexistente, que tanto pode ser pastiche (imitação) como paródia (transformação).
            De posse deste referencial preliminar, serão então considerados os aspectos da pós-modernidade da obra hipertextual Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride and Prejudice and Zombies), do escritor norte-americano Seth Grahame-Smith e sua relação com o texto canônico Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice), escrito por Jane Austen.

2  DIFERENÇAS ENTRE A MODERNIDADE E A PÓS-MODERNIDADE

A modernidade apresenta seus primeiros sinais a partir do século XVI, e até fins do século XVIII a sociedade ainda não têm plena consciência do que as atinge.  A partir da revolução francesa, em 1790, e suas reverberações, como a revolução industrial na Inglaterra, ganha vida, de maneira abrupta e dramática, um grande e moderno público. Esse público partilha o sentimento de viver em uma era revolucionária, uma era que desencadeia explosivas convulsões em todos os níveis de vida pessoal, social e política e claro, cultural. Entretanto, existe um conflito entre o que era então a tradição e o novo.  Esse conflito será marcante na primeira metade do século XIX, onde, na literatura, por exemplo, percebe-se ao mesmo tempo a negação e a exaltação do novo, do moderno (BERMAN, 1986, p. 15).
            Por sua vez, a pós-modernidade, conforme dito inicialmente, também exalta o “novo”, porém, ao contrário da modernidade, exalta o passado.  Essa exaltação ao passado fica evidente através das apropriações presentes na literatura contemporânea; neste sentido, Pride and Prejudice and Zombies apresenta esse caráter de homenagem, por resgatar o texto canônico, mas ao mesmo tempo subverte esse cânone, pois agrega a ele novos elementos oriundos da cultura pop, como referências a filmes de super-heroínas e filmes trash de terror.

3  O HIPOTEXTO ORGULHO E PRECONCEITO (PRIDE AND PREJUDICE)

            Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice) é o segundo romance de Jane Austen (precedido por Sense and Sensibility, publicado em 1811) e foi escrito provavelmente entre 1795 e 1799.  A primeira publicação ocorreu em 1813 (FULLERTON, 2008).
            O romance retrata o conflito entre classes sociais da sociedade inglesa entre o final do século XVIII e o início do século XIX, representado pela personagem central, Elizabeth Bennet (que pertence a uma classe média do interior) e Fitzwilliam Darcy (aristocrata possuidor de diversas propriedades).  Esse conflito é marcado pela posição arrogante e preconceituosa de Darcy em relação às famílias de Hertfordshire, região interioriana.  O preconceito de Darcy é dirigido à família Bennet, sobretudo à mãe e às irmãs mais novas de Elizabeth, e irá influenciar na decisão de seu amigo, Charles Bingley, apaixonado por Jane, irmã mais velha de Elizabeth, a abandonar a propriedade de Netherfield, em Hertfordshire e retornar a Londres.
            Com o passar do tempo, Darcy apaixona-se por Elizabeth, o que faz com que reveja seu orgulho excessivo, e acabe propondo casamento a ela, em duas ocasiões (na primeira houve a recusa de Elizabeth que também, à sua maneira, mantém uma postura orgulhosa).  Ao final, eles selam sua união, bem como Jane e Bingley.
                       
4  O HIPERTEXTO ORGULHO E PRECONCEITO E ZUMBIS (PRIDE AND PREJUDICE AND ZOMBIES): “PASTIRÓDIA”?

            Orgulho e Preconceito e Zumbis foi publicado em 2009, e “co-escrito”, segundo a crítica especializada, pelo autor norte-americano Seth Grahme-Smith.  Esta obra insere no universo da obra canônica de Jane Austen elementos da cultura pop pós-moderna:  a personagem principal, Elizabeth Bennet, suas irmãs e Fitzwilliam Darcy transformam-se em guerreiros, conhecedores de artes marciais, especializados em matar zumbis.  O enredo, em relação ao texto original, permanece o mesmo, apesar das inserções com intenção cômica.  Elizabeth e Darcy se casam, e Lady Catherine (tia de Darcy, contrária à união dos dois) é obrigada a resignar-se.
            Esse hipertexto, contudo, sob o aspecto de uma análise literária tradicional, é de difícil classificação quanto ao seu gênero.  O que predomina na narrativa: a paródia ou o pastiche?
            Linda Hutcheon, em sua obra Uma Teoria da Paródia, afirma que a paródia é uma “dessacralização do texto”, uma subversão do cânone, alusão ao passado e repetição com diferença.  A paródia é “... uma forma de imitação caracterizada por uma inversão irônica, nem sempre às custas do texto parodiado”.  Em outra formulação, a paródia é a “... repetição com distância crítica, que marca a diferença em vez da semelhança.”.  (1985, p. 13-17).
            A ironia pode ser simultaneamente incluir e excluir; sugere tanto cumplicidade como distância.  A ironia, ao exigir códigos comuns para a compreensão, pode ser uma estratégia tão exclusiva como o ridículo.  É uma força tão potencialmente conservadora como o riso corretivo, escarnecedor.  A paródia que exibe ironia para estabelecer a distância crítica necessária para a sua definição formal, trai também uma tendência para o conservadorismo, apesar do fato de ter sido louvada como o paradigma da revolução estética e da mudança histórica (HUTCHEON, 1985, p. 87).
            Um exemplo de paródia pode ser percebido nas linhas iniciais das duas narrativas.  No hipotexto tem-se:

  • É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico precisa de esposa.”.  (AUSTEN, 2010, p. 13)
        
    Enquanto que no hipertexto:


  • É uma verdade universalmente aceita que um zumbi, uma vez de posse de um cérebro, necessita de mais cérebros.”.  (AUSTEN; GRAHAME-SMITH, 2010, p. 7).


            Mas a passagem transcrita abaixo sugere uma discussão mais aprofundada, que não permite “rotular” a obra unicamente sob o gênero paródico.  Muitas passagens da narrativa são idênticas e possuem inserções intratextuais, como se percebe no recorte abaixo:

"Which do you mean?" and turning round he looked for a moment at Elizabeth, till catching her eye, he withdrew his own and coldly said: "She is tolerable, but not handsome enough to tempt me; I am in no humour at present to give consequence to young ladies who are slighted by other men.”
As Mr. Darcy walked off, Elizabeth felt her blood turn cold.  She had never in her life been so insulted.  The warrior code demanded she avenge her hounour.  Elizabeth reached down to her ankle, taking care not to draw attention.  There, her hand met the dagger concealed beneath her dress.  She meant to follow this proud Mr. Darcy outside and open his throat [..] the evening altogether passed off pleasantly for the whole family.  Mrs. Bennet had seen her eldest daughter much admired by the Netherfield party (AUSTEN; GRAHAME-SMITH, 2009, p. 13-14, minha ênfase) 1


O texto acima é idêntico ao texto canônico original, à exceção deste “enxerto” intratextual.  E é neste ponto que se chega a um impasse.  Certas passagens do hipertexto são paródia ou pastiche?  Há várias características distintas, porém inconclusivas:
- Segundo Genette, a paródia é considerada um “... desvio de texto pela transformação mínima” (2006, p. 20), portanto, tem uma relação de transformação; tem uma função lúdica.
- Por outro lado, o pastiche é por ele considerado como “imitação de um estilo desprovido de função satírica” (Ibid., p. 20); portanto, tem uma relação de imitação.  Apesar de não possuir essa função satírica, possui uma função lúdica, como a paródia: “...visa a uma espécie de puro entretenimento ou exercício prazeroso, sem intenção agressiva ou zombeteira: é o que chamarei de regime lúdico do hipertexto” (Ibid., p. 23).
Desta forma, parece inconclusivo denominar a narrativa simplesmente de paródia ou de pastiche.  Esta narrativa possui características de ambos os gêneros, e nenhum deles é predominante.  Existe um desvio de texto (entendido como inserções intratextuais) que causa uma transformação mínima, sem comprometer o enredo; por outro lado, há a imitação, ou seja a transcrição ipsis litteris de trechos da narrativa canônica.
Também ao se recorrer à Linda Hutcheon, o problema persiste.  Ela afirma que:
- A paródia marca a diferença em vez da semelhança (HUTCHEON, 1985, p. 17).  Levando-se em conta que a intratextualidade causa uma distinção em relação ao hipotexto, seria possível evocar a paródia.
- O pastiche acentua a semelhança, e não a diferença (Ibid., p. 50).  Como colocado anteriormente, a transcrição literal de trechos acentua a semelhança da narrativa, caracterizando o pastiche.

INTERMIDIALIDADE DAS ILUSTRAÇÕES

A intermidialidade está também presente nas ilustrações da obra hipertextual.  A capa, idêntica a da edição em inglês, apresenta o retrato de Márcia B. Fox, retratada pelo pintor Willian Beechey em 1810, com elementos que a tornam um típico zumbi de filmes trash.  Nada mais é do que uma transposição intermidiática; o ponto de partida é a pintura, e sua transposição, a capa do livro.
FIGURA 1: Retrato de Marcia B. Fox; Willian Beechey, 1810 (coleção privada)

FIGURA 2: Capa de Pride and Prejudice and Zombies

            Em outro momento, podem-se comparar as ilustrações feitas por Charles Edmund Brock para uma edição do século XIX com as ilustrações da obra hipertextual, feitas por Philip Smiley.  Percebe-se que há uma clara alusão às características da Figura 3, como o vestuário e a decoração do salão – ambas as ilustrações remetem à passagem textual do primeiro baile em Netherfield, promovido por Charles Bingley.  A diferença entre as figuras é justamente a incorporação desses novos elementos da cultura pop, o combate baseado nas artes marciais, com as adagas, e os inimigos, os zumbis.  As mulheres que aparecem na Figura 4 são as irmãs Jane e Elizabeth Bennet, combatendo zumbis.

FIGURA 3: Ilustração de Charles Edmund Brock.  Edição de 1895 de Pride and Prejudice.
FIGURA 4: Ilustração de Pride and Prejudice and Zombies (2009, p.15)

5  CONSIDERAÇÕES FINAIS: A MULHER COMO SUPER-HEROÍNA; O SUJEITO FRAGMENTADO DA PÓS-MODERNIDADE

            O hipertexto de Seth Grahame-Smith apresenta a personagem principal, Elizabeth Bennet, como uma mulher prendada e educada, tal qual no hipotexto.  No entanto, outras qualidades lhe são atribuídas como, por exemplo, detentora de um instinto matador, uma mulher que é considerada uma arma letal, com seus braços surpreendentemente musculosos e sua habilidade no manejo da adaga, é uma seguidora do código dos guerreiros.  Elizabeth e suas irmãs foram treinadas pelo mestre Pei Liu de Shaolin para ser a heroína de Longbourn, a guardiã de Hertfordshire (AUSTEN; GRAHAME-SMITH, 2010, passim).
            Os atributos citados acima são apropriações da cultura pop, bem como do cinema “trash” asiático e norte-americano.  Como exemplo, pode-se citar os filmes de super-heroínas Kill Bill Volume 1 (2003) e a série Resident Evil.  Nestes filmes (e, sobretudo no primeiro) são percebidas as diversas apropriações dos filmes de ninjas e de kung fu (a referência ao templo de Shaolin remete a vários filmes do gênero; o mestre Pei Liu, que treinou Elizabeth, desempenha o mesmo papel do mestre Pai Mei, que treinou Beatrix Kiddo em Kill Bill, etc.)  e dos filmes de samurai japoneses (a referência ao “código dos guerreiros” é similar ao código de honra dos samurais, sempre presente nestas produções), apresentando lutas com espadas e outros instrumentos pontiagudos.  E, ao invés de lutar contra exércitos, clãs ou tribos inimigas, Elizabeth luta contra zumbis, outra referência a filmes “trash”, onde o exemplo mais recente é a franquia Resident Evil.

FIGURA 5 - A super-heroína Beatrix Kiddo em Kill Bill vol. 1 2



FIGURA 6 – Alice, a super-heroína da franquia Resident Evil 3

Essa representação feminina é contraditória e paradoxal: ao mesmo tempo em que Elizabeth Bennet surge como uma típica mulher do final do século XVIII e início do século XIX, também ganha o “status” de uma super-heroína do século XXI, através das apropriações do hipertexto.
            Essa contradição é típica da pós-modernidade, pois é uma representação da fragmentação do sujeito (HALL, 2003, p. 12).  A vida pós-moderna faz com que a identidade não seja fixa (BAUMAN, 1998, p. 114).
O que o hipertexto de Grahame-Smith faz é subverter o cânone, mantendo o caráter de “homenagem” ao passado, repetindo-o com diferenças intratextuais; entretanto, este procedimento faz com que Elizabeth Bennet perca a força de sua voz original.  Jane Austen havia dado à personagem uma voz contestadora e rebelde para os padrões da época, pois através dela procurou eliminar as diferenças de classe.  Elizabeth pertencia a uma classe menos favorecida, enquanto que Darcy fazia parte da aristocracia.  A união entre Elizabeth e Darcy não era possível na época em que o romance foi escrito, portanto demonstrou uma ruptura.  O hipertexto, entretanto, diminuiu este importante aspecto da narrativa canônica em benefício da comicidade, e acabou construindo um universo de seres descentrados e fragmentados, do qual Elizabeth Bennet é o exemplo mais evidente.  Esse universo reflete o que é o ser humano pós-moderno.
           
NOTAS
1. A edição brasileira de Orgulho e Preconceito e Zumbis apresenta a seguinte tradução, de Luiz Antonio Aguiar:

            — De quem está falando? — e, voltando-se, observou Elizabeth por alguns instantes, chegando mesmo a cruzar o olhar com ela, até que se retraiu e, gelidamente, disse: — É razoável, mas não chega a ser bonita o bastante para me tentar. Neste momento não estou com disposição para dar atenção a moças que são desprezadas pelos demais homens.  Enquanto o Sr. Darcy se afastava, Elizabeth sentiu o sangue ferver.  Nunca em sua vida fora tão insultada. O Código dos Guerreiros exigia que ela vingasse sua honra prontamente. Assim, Elizabeth abaixou-se e alcançou o tornozelo, tomando cuidado para não chamar a atenção. Então, sua mão encontrou a adaga oculta por baixo de seu vestido. Sua intenção era seguir aquele arrogante Sr. Darcy até o lado de fora e rasgar sua garganta.  [...]a noite de um modo geral foi bastante agradável para toda a família. A Sra. Bennet viu sua filha mais velha ser elogiada por todos do grupo de Netherfield (AUSTEN; GRAHAME-SMITH, 2010, p. 13).


2. Kill Bill volume 1, filme de 2003 dirigido por Quentin Tarantino, retrata a trajetória de Beatrix Kiddo (representada pela atriz norte-americana Uma Thurman), assassina profissional que, ao largar sua profissão para se casar, é vítima de um massacre no dia de seu casamento.  Única sobrevivente da tragédia, Beatrix inicia sua vingança contra seus algozes, todos seus ex-parceiros.


REFERÊNCIAS


AUSTEN, Jane.  Orgulho e preconceito.  São Paulo: Martin Claret, 2010.          (A obra-prima de cada autor; 243).

_____.  Pride and prejudice.  Disponível em:
   Acesso em: 20 jan. 2011.

AUSTEN, Jane; GRAHAME-SMITH, Seth.  Orgulho e preconceito e zumbis.  Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010.

_____.  Pride and prejudice and zombies.  Philadelphia: Quirk Books, 2009.

BAUMAN, Zygmunt.  O mal estar da pós-modernidade.  Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BERMAN, Marshall.  Tudo o que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade.  São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BEECHEY, William.  Portrait of Marcia B. Fox.  Disponível em:   Acesso em: 09 maio 2010.

BLACK and white line drawings by C.E. Brock.  In: Molland´s circulating-library.  Disponível em:
Acesso em: 02 maio 2011.

FULLERTON, Susannah.  About Jane Austen - her life & her novels.  In: Jane Austen Society of Australia.  2008.  Disponível em: Acesso em: 02 jun. 2011.

GENETTE, Gerard.  Palimpsestos: a literatura de segunda mão.  Belo Horizonte: UFMG: Faculdade de Letras, 2006.

HALL, Stuart.  A identidade cultural na pós-modernidade.  7. ed.  Rio de Janeiro: DP & A, 2003.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de arte do século XX.  Lisboa: Edições 70, c1985.

KILL Bill volume 1 photo.  In: AllMovie.Com.  Disponível em: Acesso em: 01 jun. 2011.

RESIDENT Evil: Afterlife photo.  In: The Internet Movie Database.  Disponível em: Acesso em: 01 jun. 2011.