“A poesia é para gente que gosta de errar pelos vales e campos, pelas ruas sujas, pelos becos sem saída, gente que chora a vida que se escoa lenta, longa e em vão, que ama a triste noite e suas negras asas, a poesia não é a tradução das estrelas, nem da brisa na palmeira, nem do murmúrio das florestas, a poesia é dor, sofrimento, espinho da vida a se entranhar no coração do poeta, poeta é aquele que sofre sem motivo, aquele que tem a inocência de determinar para sua vida sacrifícios de que ninguém toma conhecimento e a ninguém interessa, a não ser a algumas almas compassivas, as pessoas se interessam mais pelo brilho do poeta que sabe acender uma festa do que pela poesia em si, ou pelo poeta humano” (‘A poesia, o poeta’ em Dias e Dias, de Ana Miranda).
Poesia e poeta. A primeira é a materialização da sensibilidade, do coração, das emoções mais quentes e frias. O segundo alguém que carrega em cada passo as sensações, a vivência de cada inspiração, de cada personagem, de cada possessão
ResponderExcluirO fragmento de texto publicado acima foi retirado de um romance e, portanto, é o ponto de vista de uma personagem ficcional. pode ser que sintetize ou não a visão de outras pessoas. É uma excelente construção da visão romântica sobre poesia!
ResponderExcluirAbrço a todos,
Eunice de M.